Neste capítulo, Apple afirma
que o currículo não é neutro e sim um produto de tensões, conflitos culturais,
políticos e econômicos capaz de organizar e desorganizar um povo.
O autor expõe algumas questões
que norteiam seu trabalho: a) relações entre capital econômico e capital
cultural, b) o papel da escola como reprodutor de desigualdades de poder; c)
como o currículo e os processo de avaliação agem em relação esta questões
anteriores.
Segundo Apple, a discussão sobre o
currículo nacional é encaminhada tanto pelos grupos de direita como pelos
liberais. Estes últimos, justificam que o currículo Nacional representará um
conteúdo mais rigoroso nas escolas, aprendizado cooperativo, necessidade de
programas de formação de professores e não implicará em redução de custos na
educação.
"O conservadorismo de fato tem diferentes
significados em diferentes épocas e lugares. Algumas vezes, envolve ações
defensivas; outras vezes, envolve ofensivas contra o status quo.
Atualmente estamos testemunhando as duas coisas." (pag. 67)
“Fundamentalmente, então, quatro tendências têm
caracterizado a restauração conservadora não só nos Estados Unidos, mas também
na Grã-Bretanha – privatização, centralização, vocacionalização e
diferenciação." (pag. 69)
“Um currículo
nacional pode ser visto como um instrumento para prestação de contas, para
ajudar-nos a estabelecer parâmetros a fim de que os pais possam avaliar as
escolas.” (pag. 75)
“É possível, por
exemplo, afirmar que, somente instituindo um sistema de currículo e avaliação
nacionais, seremos capazes de deter a fragmentação que virá em consequência da
porção neoliberal do projeto direitista.” (pag. 85)
Um resumo que destaca alguns aspectos importantes para pensarmos acerca do currículo. Muito bem!(e essa letra/fonte usada é uma graça!!)
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