quarta-feira, 3 de julho de 2013

A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional? (cap. 3)


Neste capítulo, Apple  afirma que o currículo não é neutro e sim um produto de tensões, conflitos culturais, políticos e econômicos capaz de organizar e desorganizar um povo. 

O autor expõe algumas questões que norteiam seu trabalho: a) relações entre capital econômico e capital cultural, b) o papel da escola como reprodutor de desigualdades de poder; c) como o currículo e os processo de avaliação agem em relação esta questões anteriores.

Segundo Apple, a discussão sobre o currículo nacional é encaminhada tanto pelos grupos de direita como pelos liberais. Estes últimos, justificam que o currículo Nacional representará um conteúdo mais rigoroso nas escolas, aprendizado cooperativo, necessidade de programas de formação de professores e não implicará em redução de custos na educação.

"O conservadorismo de fato tem diferentes significados em diferentes épocas e lugares. Algumas vezes, envolve ações defensivas; outras vezes, envolve ofensivas contra o status quo. Atualmente estamos testemunhando as duas coisas." (pag. 67)

“Fundamentalmente, então, quatro tendências têm caracterizado a restauração conservadora não só nos Estados Unidos, mas também na Grã-Bretanha – privatização, centralização, vocacionalização e diferenciação." (pag. 69)

“Um currículo nacional pode ser visto como um instrumento para prestação de contas, para ajudar-nos a estabelecer parâmetros a fim de que os pais possam avaliar as escolas.” (pag. 75)


“É possível, por exemplo, afirmar que, somente instituindo um sistema de currículo e avaliação nacionais, seremos capazes de deter a fragmentação que virá em consequência da porção neoliberal do projeto direitista.” (pag. 85)

Um comentário:

  1. Um resumo que destaca alguns aspectos importantes para pensarmos acerca do currículo. Muito bem!(e essa letra/fonte usada é uma graça!!)

    ResponderExcluir